Nova reflexão da 5ª Semana de 10/05 à 14/05/2010
Nesta semana foi possível realizar uma série de atividades que estavam programadas, claro que, como nas semanas anteriores, nem tudo foi realizado conforme o programado. Mesmo assim, saí bem satisfeita com os resultados que alcançamos.
Partindo das primeira atividade realizada, na segunda, acho que tivemos um alcance além do que esperava, pois através do texto trabalhado, os alunos fizeram a relação do trabalho escravo como gerador de riquezas para o país. Esta conversa se deu pela lembrança de um dos alunos de que estávamos na semana da "abolição da escravatura". Também foi lembrado por alguns deles que na realidade a semana não seria bem essa, pois no Brasil, já era reconhecido o dia 20 de novembro como data da consciência negra, mas tudo correu bem tranquilo. Aproveitei a oportunidade para relacionar a escravidão , ou seja, os escravos como o primeiro grupo de trabalhadores braçais, mesmo a sua maioria não sendo nascido aqui, propriamente dito. Isso possibilitou uma boa reflexão sobre o trabalho escravo no Brasil. No entanto, alguns referira-se aos grupos que ainda são escravizados, hoje. Na realidade, foi feito um bom exercício de memória e de relação do passado do país e, bem como, do presente. Na realidade, essa conversa informal, tomou bastante tempo de nossa noite. Portanto, as atividades programadas na área de matemática, foram um pouco mais curtas do que o planejado, pois o assunto foi mais envolvente, e penso, mais significativo do que qualquer outro programado. Pensando nessa colocação, faço menção à bibliografia complementar e artigo escrito por Dóris Maria Luzzardi Fiss, onde a autora faz referência à três ideias pegas por empréstimo de Moll (id. ibi.,p. 14), o que é necessário para a construção das práticas pedagógicas:
A consciência de que estes homens e mulheres não são tábulas rasas, mas portam um sem-número de experiências cociais, culturais, afetivas que lhes permitiram acúmulo de saberes em diferentes campos epistemológicos; sa convicção de que esta condição de analfabeto não implica nenhum tipo de patologia, deficit ou deficiência, e de que o anlafabetismo não é uma expressão individual de fracasso, mas expressão de uma forma de exclusão socialmente excluída; a compreensão de que a leitura da palavra esrita, como ensina paulo Freire, é impossível desencarnada ou descontextualixadada leitura do mundo, ou seja, as palavras estão cravejadas de mundo e de significações produzidas no universo individual e social.
Levando em consideração a realidade em que eles vivenciam diariamente, o trabalho escravo está muito relacionado a forma como se sentem como trabalhadores e também como alunos, pois necessitam ir à escola depois de um dia de muito trabalho, muitos bem cansados por terem feito um longo deslocamento em ônibus lotados, sem nem conseguirem ir em casa para tomarem um banho. Essa é uma de suas queixas. No entanto, ficam felizes de poderem chegar à escola e terem a janta pronta lhes esperando.
Também foi interligado o trabalho realizado com a obra de Tarsila, pois o quadro faz referência ao trabalho, ou seja, aos trabalhadores e também as relações de trabalho. Procurei chamar a tenção dos alunos para as fisionomias das pessoas pintadas na obra, suas feições cansadas, de origens diferentes, bem como a relação deles com o mercado de trabalho. A necessidade de sobrevivência apresentada na obra, não difere muito da situação que nos é apresentada nos dias de hoje, mesmo sendo uma obra de 1933. Aproveitei para trabalhar também a questão de gênero que ficou de fora na aula anterior, pois aqui pudemos ver homens, mulheres e até crianças pintados na tela. Conversamos sobre os jovens e os velhos pintados, fazendo a relação com essa diversidade também presente em nossa sala de aula. Levantamos a questão salarial: será que homens e mulheres que tem as mesmas funções, tem remuneração igual? Realizamos atividades envolvendo problemas matemáticos com os salários recebidos por eles e por seus familiares.Como os operários da tela são apresentado? Cansados, alegres, tristes, sonolentos, dispersos... Como eles se vêem no final do dia? Enfim, foi muito boa a reflexão nessa semana, podendo fazer uma relação significatida da arte com o cotidiano de cada um.
Os alunos puderam ter uma maior visão do que realmente acontece com eles enquanto classe trabalhadora, fazendo relação com a obra e sua realidade, bem como a realidade passada anteriormente por trabalhadores em outros tempos. Enfim, como se vêem em relação a si mesmo como sujeitos desse mundo de trabalhadores, muitas vezes tamb[ém oprimidos, sendo capazes de fazer e refazer sua própria historia. Tomando ainda as palavras de Dóris, faço referência a outra passagem, onde diz:
Como declara Freire (1997a, p.47), uma das principais tarefas do sujeito reside em assumir-se como ser social e histórico, (...) pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter raiva porque é capaz de amar. assumir-se como sujeito porque é capaz de reconhecer-se como objeto.
Praticamente, fizemos nossa culminância, na visitação ao Museu Tecnológico da PUC, que estava em exposição no Ginásio Municipal de Alvorada. Lá os alunos conheceram diversos experimentos que podem facilitar o dia-a-dia das pessoas, e outros bem interessantes como um filme em 3D sobre o corpo humano. Esse filme deu pano pra manga na aula de sexta-feira, onde novamente dixamos de ir ao ambiente informatizado. Assunto que rendeu bastante, pois conversamos muito sobre a visita na sexta-feira, bem como fizemos uma boa discussão para o fechamento da semana. Assim, penso que cada semana nosso trabalho tem tido maior rendiemento. Minha única preocupação é não ter desenvolvido tudo o que foi planejado por escrito para os dias que estavam programados. No entanto, penso que foi maior a experiência alcançada, do que qualquer planejamento feito.
Nesta semana foi possível realizar uma série de atividades que estavam programadas, claro que, como nas semanas anteriores, nem tudo foi realizado conforme o programado. Mesmo assim, saí bem satisfeita com os resultados que alcançamos.
Partindo das primeira atividade realizada, na segunda, acho que tivemos um alcance além do que esperava, pois através do texto trabalhado, os alunos fizeram a relação do trabalho escravo como gerador de riquezas para o país. Esta conversa se deu pela lembrança de um dos alunos de que estávamos na semana da "abolição da escravatura". Também foi lembrado por alguns deles que na realidade a semana não seria bem essa, pois no Brasil, já era reconhecido o dia 20 de novembro como data da consciência negra, mas tudo correu bem tranquilo. Aproveitei a oportunidade para relacionar a escravidão , ou seja, os escravos como o primeiro grupo de trabalhadores braçais, mesmo a sua maioria não sendo nascido aqui, propriamente dito. Isso possibilitou uma boa reflexão sobre o trabalho escravo no Brasil. No entanto, alguns referira-se aos grupos que ainda são escravizados, hoje. Na realidade, foi feito um bom exercício de memória e de relação do passado do país e, bem como, do presente. Na realidade, essa conversa informal, tomou bastante tempo de nossa noite. Portanto, as atividades programadas na área de matemática, foram um pouco mais curtas do que o planejado, pois o assunto foi mais envolvente, e penso, mais significativo do que qualquer outro programado. Pensando nessa colocação, faço menção à bibliografia complementar e artigo escrito por Dóris Maria Luzzardi Fiss, onde a autora faz referência à três ideias pegas por empréstimo de Moll (id. ibi.,p. 14), o que é necessário para a construção das práticas pedagógicas:
A consciência de que estes homens e mulheres não são tábulas rasas, mas portam um sem-número de experiências cociais, culturais, afetivas que lhes permitiram acúmulo de saberes em diferentes campos epistemológicos; sa convicção de que esta condição de analfabeto não implica nenhum tipo de patologia, deficit ou deficiência, e de que o anlafabetismo não é uma expressão individual de fracasso, mas expressão de uma forma de exclusão socialmente excluída; a compreensão de que a leitura da palavra esrita, como ensina paulo Freire, é impossível desencarnada ou descontextualixadada leitura do mundo, ou seja, as palavras estão cravejadas de mundo e de significações produzidas no universo individual e social.
Levando em consideração a realidade em que eles vivenciam diariamente, o trabalho escravo está muito relacionado a forma como se sentem como trabalhadores e também como alunos, pois necessitam ir à escola depois de um dia de muito trabalho, muitos bem cansados por terem feito um longo deslocamento em ônibus lotados, sem nem conseguirem ir em casa para tomarem um banho. Essa é uma de suas queixas. No entanto, ficam felizes de poderem chegar à escola e terem a janta pronta lhes esperando.
Também foi interligado o trabalho realizado com a obra de Tarsila, pois o quadro faz referência ao trabalho, ou seja, aos trabalhadores e também as relações de trabalho. Procurei chamar a tenção dos alunos para as fisionomias das pessoas pintadas na obra, suas feições cansadas, de origens diferentes, bem como a relação deles com o mercado de trabalho. A necessidade de sobrevivência apresentada na obra, não difere muito da situação que nos é apresentada nos dias de hoje, mesmo sendo uma obra de 1933. Aproveitei para trabalhar também a questão de gênero que ficou de fora na aula anterior, pois aqui pudemos ver homens, mulheres e até crianças pintados na tela. Conversamos sobre os jovens e os velhos pintados, fazendo a relação com essa diversidade também presente em nossa sala de aula. Levantamos a questão salarial: será que homens e mulheres que tem as mesmas funções, tem remuneração igual? Realizamos atividades envolvendo problemas matemáticos com os salários recebidos por eles e por seus familiares.Como os operários da tela são apresentado? Cansados, alegres, tristes, sonolentos, dispersos... Como eles se vêem no final do dia? Enfim, foi muito boa a reflexão nessa semana, podendo fazer uma relação significatida da arte com o cotidiano de cada um.
Os alunos puderam ter uma maior visão do que realmente acontece com eles enquanto classe trabalhadora, fazendo relação com a obra e sua realidade, bem como a realidade passada anteriormente por trabalhadores em outros tempos. Enfim, como se vêem em relação a si mesmo como sujeitos desse mundo de trabalhadores, muitas vezes tamb[ém oprimidos, sendo capazes de fazer e refazer sua própria historia. Tomando ainda as palavras de Dóris, faço referência a outra passagem, onde diz:
Como declara Freire (1997a, p.47), uma das principais tarefas do sujeito reside em assumir-se como ser social e histórico, (...) pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter raiva porque é capaz de amar. assumir-se como sujeito porque é capaz de reconhecer-se como objeto.
Praticamente, fizemos nossa culminância, na visitação ao Museu Tecnológico da PUC, que estava em exposição no Ginásio Municipal de Alvorada. Lá os alunos conheceram diversos experimentos que podem facilitar o dia-a-dia das pessoas, e outros bem interessantes como um filme em 3D sobre o corpo humano. Esse filme deu pano pra manga na aula de sexta-feira, onde novamente dixamos de ir ao ambiente informatizado. Assunto que rendeu bastante, pois conversamos muito sobre a visita na sexta-feira, bem como fizemos uma boa discussão para o fechamento da semana. Assim, penso que cada semana nosso trabalho tem tido maior rendiemento. Minha única preocupação é não ter desenvolvido tudo o que foi planejado por escrito para os dias que estavam programados. No entanto, penso que foi maior a experiência alcançada, do que qualquer planejamento feito.
3 comentários:
Oi Ana! Foi proposital a repetição da reflexão da quinta semana aqui? Bjs, Maura - tutora do SI
Maura, esta postagem foi refeita, be como a reflexão.
Ana
Maura, esta postagem foi refeita, bem como a reflexão.
Ana Cláudia
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