24 maio 2010

Nova reflexão da 5ª Semana de 10/05 à 14/05/2010

Nesta semana foi possível realizar uma série de atividades que estavam programadas, claro que, como nas semanas anteriores, nem tudo foi realizado conforme o programado. Mesmo assim, saí bem satisfeita com os resultados que alcançamos.
Partindo das primeira atividade realizada, na segunda, acho que tivemos um alcance além do que esperava, pois através do texto trabalhado, os alunos fizeram a relação do trabalho escravo como gerador de riquezas para o país. Esta conversa se deu pela lembrança de um dos alunos de que estávamos na semana da "abolição da escravatura". Também foi lembrado por alguns deles que na realidade a semana não seria bem essa, pois no Brasil, já era reconhecido o dia 20 de novembro como data da consciência negra, mas tudo correu bem tranquilo. Aproveitei a oportunidade para relacionar a escravidão , ou seja, os escravos como o primeiro grupo de trabalhadores braçais, mesmo a sua maioria não sendo nascido aqui, propriamente dito. Isso possibilitou uma boa reflexão sobre o trabalho escravo no Brasil. No entanto, alguns referira-se aos grupos que ainda são escravizados, hoje. Na realidade, foi feito um bom exercício de memória e de relação do passado do país e, bem como, do presente. Na realidade, essa conversa informal, tomou bastante tempo de nossa noite. Portanto, as atividades programadas na área de matemática, foram um pouco mais curtas do que o planejado, pois o assunto foi mais envolvente, e penso, mais significativo do que qualquer outro programado. Pensando nessa colocação, faço menção à bibliografia complementar e artigo escrito por Dóris Maria Luzzardi Fiss, onde a autora faz referência à três ideias pegas por empréstimo de Moll (id. ibi.,p. 14), o que é necessário para a construção das práticas pedagógicas:

A consciência de que estes homens e mulheres não são tábulas rasas, mas portam um sem-número de experiências cociais, culturais, afetivas que lhes permitiram acúmulo de saberes em diferentes campos epistemológicos; sa convicção de que esta condição de analfabeto não implica nenhum tipo de patologia, deficit ou deficiência, e de que o anlafabetismo não é uma expressão individual de fracasso, mas expressão de uma forma de exclusão socialmente excluída; a compreensão de que a leitura da palavra esrita, como ensina paulo Freire, é impossível desencarnada ou descontextualixadada leitura do mundo, ou seja, as palavras estão cravejadas de mundo e de significações produzidas no universo individual e social.

Levando em consideração a realidade em que eles vivenciam diariamente, o trabalho escravo está muito relacionado a forma como se sentem como trabalhadores e também como alunos, pois necessitam ir à escola depois de um dia de muito trabalho, muitos bem cansados por terem feito um longo deslocamento em ônibus lotados, sem nem conseguirem ir em casa para tomarem um banho. Essa é uma de suas queixas. No entanto, ficam felizes de poderem chegar à escola e terem a janta pronta lhes esperando.
Também foi interligado o trabalho realizado com a obra de Tarsila, pois o quadro faz referência ao trabalho, ou seja, aos trabalhadores e também as relações de trabalho. Procurei chamar a tenção dos alunos para as fisionomias das pessoas pintadas na obra, suas feições cansadas, de origens diferentes, bem como a relação deles com o mercado de trabalho. A necessidade de sobrevivência apresentada na obra, não difere muito da situação que nos é apresentada nos dias de hoje, mesmo sendo uma obra de 1933. Aproveitei para trabalhar também a questão de gênero que ficou de fora na aula anterior, pois aqui pudemos ver homens, mulheres e até crianças pintados na tela. Conversamos sobre os jovens e os velhos pintados, fazendo a relação com essa diversidade também presente em nossa sala de aula. Levantamos a questão salarial: será que homens e mulheres que tem as mesmas funções, tem remuneração igual? Realizamos atividades envolvendo problemas matemáticos com os salários recebidos por eles e por seus familiares.Como os operários da tela são apresentado? Cansados, alegres, tristes, sonolentos, dispersos... Como eles se vêem no final do dia? Enfim, foi muito boa a reflexão nessa semana, podendo fazer uma relação significatida da arte com o cotidiano de cada um.
Os alunos puderam ter uma maior visão do que realmente acontece com eles enquanto classe trabalhadora, fazendo relação com a obra e sua realidade, bem como a realidade passada anteriormente por trabalhadores em outros tempos. Enfim, como se vêem em relação a si mesmo como sujeitos desse mundo de trabalhadores, muitas vezes tamb[ém oprimidos, sendo capazes de fazer e refazer sua própria historia. Tomando ainda as palavras de Dóris, faço referência a outra passagem, onde diz:
Como declara Freire (1997a, p.47), uma das principais tarefas do sujeito reside em assumir-se como ser social e histórico, (...) pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter raiva porque é capaz de amar. assumir-se como sujeito porque é capaz de reconhecer-se como objeto.

Praticamente, fizemos nossa culminância, na visitação ao Museu Tecnológico da PUC, que estava em exposição no Ginásio Municipal de Alvorada. Lá os alunos conheceram diversos experimentos que podem facilitar o dia-a-dia das pessoas, e outros bem interessantes como um filme em 3D sobre o corpo humano. Esse filme deu pano pra manga na aula de sexta-feira, onde novamente dixamos de ir ao ambiente informatizado. Assunto que rendeu bastante, pois conversamos muito sobre a visita na sexta-feira, bem como fizemos uma boa discussão para o fechamento da semana. Assim, penso que cada semana nosso trabalho tem tido maior rendiemento. Minha única preocupação é não ter desenvolvido tudo o que foi planejado por escrito para os dias que estavam programados. No entanto, penso que foi maior a experiência alcançada, do que qualquer planejamento feito.
6ª Semana de 24/05 à 28/05/2010

Como tenho mudado frequentemente meus planejamentos, mudo também a forma com que farei minhas reflexões. Penso em tentar fazer postagens reflexivas diariamente, se conseguir, pois acho que terei as ideias mais frescas , bem como os acontecimentos diários.
Segunda-feira, dia 17/05, eu e minha turma recebemos a visita da minha supervisora, a Professora Denise, que chegou após o horário do intervalo, onde infelizmente, alguns alunos já haviam ido embora. Nessa época do ano, começa a diminuir o número de alunos nas aulas, pois o frio começa a aparecer e eles optam em ir para casa se aquecerem. Mesmo assim, a aula estava bem interessante. Fizemos a brincadeira do Tibicando, ou seja, o verbo tibicar, pois estamos trabalhando com verbos. Esse conteúdo é revisto na T3, pois já foi trabalhado na totalidade anterior. A aula iniciou bem dinâmica, com todos muito empolgados com a brincadeira. O Vilmar, que é um aluno mais velho, se colocou à disposição para ser o primeiro a participar. A brincadeira teve a participação de todos os alunos, bem como a minha e da professora titular da turma, a Sinara, pois ela está sempre presente nas aulas. Após o intervalo, iniciamos a atividade programada para a segunda metade da aula, onde fizemos o jogo da trilha. Este jogo desenvolve as habilidades de concentração na ordem cronológica do dia de um trabalhador, onde só podemos cronometrar usando os verbos. Eles participaram ativamente da atividade, que foi bem produtiva. Os grupos fizeram a exposição oral das suas trilhas e logo a seguir produziram por escrito a trilha do dia, dentro do grupo. Procurei nesse dia desenvolver atividades que pudessem desafiar meus alunos a procurarem respostas no seu cotidiano, como diria Freire, situações problemáticas, desafiadoras, capazes de fazer o indivíduo pensar...Não acredito na educação como o ato de depositar, onde os alunos são depósito e o professor aquele que deposita...Não pode-se aceitar a educação bancária, pois não acredito que possa desumanizar meus alunos, a ponto de não aceitar seu conhecimentos prévios..."
Pensando nessas palavras, sei da condição deles de agentes do seu cotidiano, capazes de pensar e agir de forma a serem considerados cidadãos ativos na sociedade...Como minha turma é muito participativa, não tenho tido maiores problemas em realizar as atividades programadas. Gostaria de lembrar que no decorer da semana recebi três alunas que avançaram da totalidade 2. Elas demonstram ter um bom desenvolvimento e acredito que acompanahram tranquilamente a aula. Logo avançarei dois alunos para a totalidade 4, o Edson e a Helen.
Por ter feito conselho de classe na sexta-feira, tendo aula até as 21horas, necessitei desenvolver o restante da atividade de quinta-feira, na sexta, deixando assim, a tividade de sexta, para a próxima segunda-feira, dia 24/05.

17 maio 2010

Reflexão da 5ª Semana
Nesta semana foi possível realizar uma série de atividades que estavam programadas, claro que, como nas semanas anteriores, nem tudo foi realizado conforme o programado. Mesmo assim, saí bem satisfeita com os resultados que alcançamos.
Partindo das primeira atividade realizada, na segunda, acho que tivemos um alcance além do que esperava, pois através do texto trabalhado, os alunos fizeram a relação do trabalho escravo como gerador de riquezas para o país. Esta conversa se deu pela lembrança de um dos alunos de que estávamos na semana da "abolição da escravatura". Também foi lembrado por alguns deles que na realidade a semana não seria bem essa, pois no Brasil, já era reconhecido o dia 20 de novembro como data da consciência negra, mas tudo correu bem tranquilo. Aproveitei a oportunidade para relacionar a escravidão , ou seja, os escravos como o primeiro grupo de trabalhadores braçais, mesmo a sua maioria não sendo nascido aqui, propriamente dito. Isso possibilitou uma boa reflexão sobre o trabalho escravo no Brasil. No entanto, alguns referira-se aos grupos que ainda são escravizados hoje. Na realidade foi feito um bom exercício de memória e de relação do passado do país e, bem como, do presente. Na realidade, essa conversa informal, tomou bastante tempo de nossa noite. Portanto, as atividades programadas na área de matemática, foram um pouco mais curta do que o planejado, pois o assunto foi mais envolvente, e penso, mais significativo do que qualquer outro programado. Segundo os autores estudados, Emília, Arroyo e Marta Kohl, o dia transcorreu bem de acordo com o que foi escolhido pelos alunos, ou seja, com o que realmente lhes chamou atenção. Levando em consideração a realidade em que eles vivenciam diariamente, o trabalho escravo está muito relacionado a forma como se sentem como trabalhadores e também como alunos, pois necessitam ir à escola depois de um dia de muito trabalho, muitos bem cansados por terem feito um longo deslocamento em ônibus lotados, sem nem conseguirem ir em casa para tomarem um banho. Essa é uma de suas queixas. No entanto, ficam felizes de poderem chegar à escola e terem a janta pronta lhes esperando.
Também foi interligado o trabalho realizado com a obra de Tarsila, pois o quadro faz referência ao trabalho, ou seja, aos trabalhadores e também as relações de trabalho. Procurei chamar a tenção dos alunos para as fisionomias das pessoas pintadas na obra, suas feições cansadas, de origens diferentes, bem como a relação deles com o mercado de trabalho. A necessidade de sobrevivência apresentada na obra, não difere muito da situação que nos é apresentada nos dias de hoje, mesmo sendo uma obra de 1933. Aproveitei para trabalhar também a questão de gênero que ficou de fora na aula anterior, pois aqui pudemos ver homens, mulheres e até crianças pintados na tela. Conversamos sobre os jovens e os velhos pintados, fazendo a relação com essa diversidade também presente em nossa sala de aula. Levantamos também a questão salarial: será que homens e mulheres que tem as mesmas funções, tem remuneração igual? Realizamos também atividades envolvendo problemas matemáticos envolvendo os salários recebidos por eles e por seus familiares.Como os operários da tela são apresentado? Cansados, alegres, tristes, sonolentos, dispersos... Como eles se vêem no final do dia? Enfim, foi muito boa a reflexão nessa semana, podendo fazer uma relação significatida da arte com o cotidiano de cada um.
Praticamente, fizemos nossa culminância, na visitação ao Museu Tecnológico da PUC, que estava em exposição no Ginásio Municipal de Alvorada. Lá os alunos conheceram diversos experimentos que podem facilitar o dia-a-dia das pessoas, e outros bem interessantes como um filme em 3D sobre o corpo humano. Esse filme deu pano pra manga na aula de sexta-feira, onde novamente dixamos de ir ao ambiente informatizado. Assunto que rendeu bastante, pois conversamos muito sobre a visita na sexta-feira, bem como fizemos uma boa discussão para o fechamento da semana. Assim, penso que cada semana nosso trabalho tem tido maior rendiemento. Minha única preocupação é não ter desenvolvido tudo o que foi planejado por escrito para os dias que estavam programados. No entanto, penso que foi maior a experiência alcançada, do que qualquer planejamento feito.
Reflexão da 4ª Semana
4ª Semana de 03/05 à 07/05/2010
Na semana que passou consegui ficar um pouco mais tranquila em relação as propostas feitas aos alunos. Conseguimos realizar praticamente todas elas. Os alunos gostaram muito da atividade feita através do texto João oito ou oitenta. Através dessa tividade, fizemos a discussão sobre a origem dos seus nomes , e foi o que mais envolveu na segunda-feira. Alguns colocaram que nunca haviam pensado sobre de onde haviam saídos seus nomes., ou o porque de seus pais terem os escolhido. Conversamos sobre a importância de ter um nome, que é através dele que as pessoas são identificadas dentro da sociedade. Que o nome é essencial para as pessoas serem cidadãos, ou seja, fazer documentos, abrir conta bancária, adquirir bens, participar de associações, ter acesso aos serviços públicos e privados. Falamos tambésm ,sobre as partes que compõem os nomes, ou seja, prenome( nome próprio) e sobre nome ( nome da família). Identificaram de qual dos pais haviam herdado cada parte de seu sobrenome.
Na terça-feira, fiz a inversão das atividades propostas. Os alunos trabalharam individualmente, no primeiro momento, com a montagem de listas com o que pode e o que não pode ser comprado com o dinheiro. Logo passamos para a presentação no grande grupo, então surgiu uma discussão bem boa sobre o que valia o dinheiro. Isso fez com que a tividade ficasse um pouico prolongada. Aí, surgiu a discussão sobre o salário mínimo e como consegurem sobreviver com ele. Falaram sobre suas atividades profissionais, bem como gastos que tem no decorrer do mês. Fizemos uma lista com as profissões que exercem os alunos, então puderam perceber que tem diferença salarial de uma ocupação para outra. Dentre as ocupações citadas, viram que quem trabalha fazendo faxina, ganha mais do que os outros. Usamos a própria conversa para realizarmos a segunda parte dessa aula.
Colocamos na pauta o valor do transporte coletivo e inclusive conversamos sobre a retirada do ônibus que aternde a nossa região. Dentro dessa discussão, falou-se também do descaso do poder público em atender as comunidades mais afastadas do centro da cidade, ou seja, as que ficam mais na periferia, como é o nosso caso, pois nossa escola tende os alunos vindo da própria Tijuca e principalmente os alunos do SEJA, quer vem do Bairro Umbu e do Sítio dos Açudes.
Na quinta -feira não pudemos realizar as postagens no blog, pois ficamos sem internet no Ambiente Informatizado. Então demos continuidade ao trabalho iniciado na terça, onde falávamos sobre o custo de vida e realizamos a montagem de uma cesta básica e com o preço dos produtos que a compõem. Chegaram a conclusão que os mercados que abastecem nossa comunidade possuem preços bem diferentes para o mesmo produto. Ou seja, que compra no Mercado Oliveira gasta menos na cesta básica do que os que compram no Super G. que fica na esquina de casa, pois alí, muitos compram no caderno. Sai mais carop, pois pagam somente quando recebem seus salários e os comerciantes cobram o que melhor lhes convém.
Quase na metade do segundo horário, fomos convidados ajudarmos a confeccionar as flores para a decoração da festa para as mães, que aconteceu no sábado.
Na sexta-feria as atividades decorreram conforme o programado, ou seja, realizamos atividades matemáticas com encartes de jornais na primeira parte da aula. Contas envolvendo as quatro operações baseadas nos preços dos alimentos contidos nos encartes. Adoraram realizar a segunda parte da aula, que envolvia montagem de figuras mediante desenhos geométricos preestabelidos.
Acho que foi uma semana mais tranquila, em relação as que antecederam. Não fiquei tão preocupada em não conseguir fazer tudo que foi proposto. Os alunos estavam mais abertos nessa semana. Parece que eu estava deixando as coisas mais complicadas do que pareciam.
Procurei atender mais as necessidades em relação ao cotidiano deles, pois consegui chegar mais perto de suas espectativas.

04 maio 2010

Reflexão da 3ª semana

3ª Semana de 26/04 à 30/04/2010

Esta semana foi um pouco diferente das outras duas, pois após ter uma boa conversa com os alunos, pudemos observar alguns aspectos que não foram tão produtivos, então baseado nessas nossas observações decidi,os fazer algumas mudanças em nosso planejamento. Alguns alunos não estão levando as aulas tão a sério como deveriam, iso os mais jovens. Falta um pouco de comprometimento com as atividades propostas nas aulas, parece que estão aqui mais para brincar do que para outra coisa. Com isso, percebi que minhas aulas não estão sendo tão atraenes como eu pensava que estavam sendo, ou pelo menos como deveriam ser. Acho que a melhor coisa a fazer é rever meu planejamento, para que possa alcançar os dois tipos de público que tenho em sala de aula, os jovens e os adultos.



Devo levar em consideração a afirmação de Regina Hara: ...Fazemos parte de uma sociedade excludente, que marginaliza a grande maioria pobre, acaba por negar as condições mínimas para a realização da escolarização e, quando isso ocorre, a escolarização é destituída de qualidade necessária. Baseada nessa citação, penso que devo abrir mão de algum planejamento em prol de poder oferecer aos meus alunos uma qualidade melhor no processo de aprendizagem, proporcionando que todos possam aprender de forma a dar continuidade a sua vida escolar., pois sei que a escolarização é o que menos conta par eles na sua sobrevivência. Então cabe a mim fazer a mudança e não querer que eles a façam.



Fazendo referência as colocações da professora Denise, em relação ao tempo de realização da atividade proposta , que seria relativamente grande para conversa com os alunos, coloco que eles possuem uma dinâmica diferente do que muitas vezes esperamos, ás vezes são mais de conversar do que de escrever e demosntram isso com os grandes papos que desenvolvem durante o período de aula.