20 setembro 2009


EGOÍSMO


Lendo o texto solicitado na interdisciplina de Linguagem e Educação, lembrei de algumas imagens que me foram apresentadas ao longo dos anos ( mesma imagem apresentada na inter de Didática), dentre elas uma criança com a cabeça cheia de compartimentos, em cada um deles assuntos diferentes: matemática, português, história, geografia, ou outras disciplinas. Mostrando o quanto ainda nos preocupamos com a mudança de pensamento que o povo possa apresentar com a possibilidade de entender as coisas, como acontecia nos meados do período da industrialização, onde os homens de uma forma geral passaram a ser orientados a agir de forma mecanizada, sem poderem sair daquele circulo de produção, impedidos de levantarem suas cabeças e verem o que acontecia a sua volta. Penso que por esse motivo a escola ainda está voltada para si mesma, de uma forma muito egoísta, incapaz de se preparar para outro tipo de letramento que não seja simplesmente o escolar. Ainda estamos de alguma forma, vivendo a educação tradicional ou bancária, onde os alunos são meros sujeitos esperando que o conhecimento lhes seja colocado na cabeça, como se nelas tivessem caixinhas para isso. A escola preocupa-se, principalmente, em passar ao aluno o que é determinado através de conceitos preestabelecidos. Nossos alunos são sujeitos capazes de nos mostrar coisas que sequer conhecemos, pois pertencem a tribos de diversas naturezas, como por exemplo, igrejas, clubes, família e grupo de amigos. Não podemos esquecer que nossos alunos não nasceram somente no momento em que foram para a escola, mas que tiveram uma vida significativa anterior. Podemos observar esta vida também e, principalmente, com nossos alunos jovens, adultos e trabalhadores da EJA. Quando retornam para o espaço escolar, nos ensinam muitas coisas, muitas histórias de vida que nunca imaginamos em conhecer. Na realidade, não estamos preparados ainda para aprendermos com eles, pois fomos ensinados que estamos na escola para ensinar, pois somos considerados e nos achamos os mestres, e não para aprender.

2 comentários:

Beatriz disse...

Ana, interessante como tratamos como temos a mania de tratar a escola como um ente. Ela ão existe o que existe somos todos nós. A comunidade escolar pé que dá vida a escola. Assim,as perguntas e reflexões não são para ela e sim para npos não?
Um abração
Bea

Simone disse...

Olá Ana Claudia!
Passei aqui para visitar teu blog. Lendo a tua postagem fiquei pensando o que os professores podem fazer para mudar isso? Lembrei de uma postagem da colega Adriana, sobre um projeto de aprendizagem que ela está desenvolvendo com seus alunos, a partir de um interesse deles com cavalos. Vale a pena dar uma olhada no blog dela.
Desejo que tenhas uma ótima semana.
Um abraço, Simone - Tutora sede