17 maio 2010

Reflexão da 5ª Semana
Nesta semana foi possível realizar uma série de atividades que estavam programadas, claro que, como nas semanas anteriores, nem tudo foi realizado conforme o programado. Mesmo assim, saí bem satisfeita com os resultados que alcançamos.
Partindo das primeira atividade realizada, na segunda, acho que tivemos um alcance além do que esperava, pois através do texto trabalhado, os alunos fizeram a relação do trabalho escravo como gerador de riquezas para o país. Esta conversa se deu pela lembrança de um dos alunos de que estávamos na semana da "abolição da escravatura". Também foi lembrado por alguns deles que na realidade a semana não seria bem essa, pois no Brasil, já era reconhecido o dia 20 de novembro como data da consciência negra, mas tudo correu bem tranquilo. Aproveitei a oportunidade para relacionar a escravidão , ou seja, os escravos como o primeiro grupo de trabalhadores braçais, mesmo a sua maioria não sendo nascido aqui, propriamente dito. Isso possibilitou uma boa reflexão sobre o trabalho escravo no Brasil. No entanto, alguns referira-se aos grupos que ainda são escravizados hoje. Na realidade foi feito um bom exercício de memória e de relação do passado do país e, bem como, do presente. Na realidade, essa conversa informal, tomou bastante tempo de nossa noite. Portanto, as atividades programadas na área de matemática, foram um pouco mais curta do que o planejado, pois o assunto foi mais envolvente, e penso, mais significativo do que qualquer outro programado. Segundo os autores estudados, Emília, Arroyo e Marta Kohl, o dia transcorreu bem de acordo com o que foi escolhido pelos alunos, ou seja, com o que realmente lhes chamou atenção. Levando em consideração a realidade em que eles vivenciam diariamente, o trabalho escravo está muito relacionado a forma como se sentem como trabalhadores e também como alunos, pois necessitam ir à escola depois de um dia de muito trabalho, muitos bem cansados por terem feito um longo deslocamento em ônibus lotados, sem nem conseguirem ir em casa para tomarem um banho. Essa é uma de suas queixas. No entanto, ficam felizes de poderem chegar à escola e terem a janta pronta lhes esperando.
Também foi interligado o trabalho realizado com a obra de Tarsila, pois o quadro faz referência ao trabalho, ou seja, aos trabalhadores e também as relações de trabalho. Procurei chamar a tenção dos alunos para as fisionomias das pessoas pintadas na obra, suas feições cansadas, de origens diferentes, bem como a relação deles com o mercado de trabalho. A necessidade de sobrevivência apresentada na obra, não difere muito da situação que nos é apresentada nos dias de hoje, mesmo sendo uma obra de 1933. Aproveitei para trabalhar também a questão de gênero que ficou de fora na aula anterior, pois aqui pudemos ver homens, mulheres e até crianças pintados na tela. Conversamos sobre os jovens e os velhos pintados, fazendo a relação com essa diversidade também presente em nossa sala de aula. Levantamos também a questão salarial: será que homens e mulheres que tem as mesmas funções, tem remuneração igual? Realizamos também atividades envolvendo problemas matemáticos envolvendo os salários recebidos por eles e por seus familiares.Como os operários da tela são apresentado? Cansados, alegres, tristes, sonolentos, dispersos... Como eles se vêem no final do dia? Enfim, foi muito boa a reflexão nessa semana, podendo fazer uma relação significatida da arte com o cotidiano de cada um.
Praticamente, fizemos nossa culminância, na visitação ao Museu Tecnológico da PUC, que estava em exposição no Ginásio Municipal de Alvorada. Lá os alunos conheceram diversos experimentos que podem facilitar o dia-a-dia das pessoas, e outros bem interessantes como um filme em 3D sobre o corpo humano. Esse filme deu pano pra manga na aula de sexta-feira, onde novamente dixamos de ir ao ambiente informatizado. Assunto que rendeu bastante, pois conversamos muito sobre a visita na sexta-feira, bem como fizemos uma boa discussão para o fechamento da semana. Assim, penso que cada semana nosso trabalho tem tido maior rendiemento. Minha única preocupação é não ter desenvolvido tudo o que foi planejado por escrito para os dias que estavam programados. No entanto, penso que foi maior a experiência alcançada, do que qualquer planejamento feito.

2 comentários:

mauranunes.com disse...

Sim Ana Cláudia, nem sempre o planejamento é cumprido, mas algo mais importante é... o objetivo do que foi desenvolvido, o aprofundamento reflexivo, as aprendizagens. Esse é o sentido, não é mesmo? Que evidências podes trazer, demonstrando o quanto foram significativas essas experiências? Bjs, Maura - tutora do SI

Iris disse...

Olá, Ana

Passei para ler tuas reflexões e fiquei me perguntando: O que será que a Ana, profissional experiente, tem percebido de novo, nesta experiência de estágio? Que tipo de aprendizagem ou referencial teórico mais contribuiu para que este estágio fosse diferente do estágio que fez quando estava concluindo o magistério? Que tipo de desafios ela identifica ou que situações a desafiam? O que ela acha que precisa entender melhor para incrementar sua prática? Que recursos ou estratégias ela usa nesta experiência e que não usou quando do primeiro estágio ou mesmo durante suas aulas? Em que aspectos sente estar mais tranquila e preparada e que novas ou diferentes inquietações sentiu ao iniciar o estágio? No que ela está buscando inovar?
Volto em outros momentos.
Abra@os

PS: Coloquei na sidebar do teu wiki todas reflexões das semanas anteriores que esqueceste de linkar lá.