29 outubro 2007

TEXTO COLETIVO


Atividade realizada com alunos da Totalidade 3, SEJA, turma que atendo à noite na EMEF Capitão Gentil Machado de Godoy.

Primeiramente trabalhamos a música Cotidiano de Chico Buarque. Logo, foi proposto pelo grupo que tentássemos produzir algo sobre o cotidiano de um operário brasileiro. As idéias foram surgindo oralmente, logo as colocamos no quadro e fomos arrumando o que era preciso. Então obtivemos o texto abaixo.
Não tivemos problemas na produção oral, no entanto, quando os alunos foram ao quadro, eles surgiram, erros gramaticais, estruturação de frases e parágrafos. Foi quando eu intervi e comecei a ajudá-los. Já estavam acostumados a realizar este tipo de atividade, inclusive com produção de histórias matemáticas. Foi mais uma experiência, pois lhes avisei da função dessa atividade. Acharam muito importante, porque me ajudariam para o trabalho da faculdade. Tenho muito a lhes agradecer.
Esta postagem será mostrada a esses alunos.


Cotidiano de um operário

Walter é um trabalhador brasileiro. Como milhares, acorda sempre às 05:00 e logo começa o seu dia, toma banho, se veste, toma café e sai para o ponto de ônibus. Muitas vezes passa a semana inteira sem conseguir ver ou conversar com sua família. Chega na metalúrgica sempre em cima do horário, onde bate seu cartão, veste o uniforme e logo começa seu trabalho cotidiano. Walter separa peças de ferro, que vão para o forno e mais tarde se tornarão armas de fogo. Ele não é muito feliz em ajudar na produção de armas, mas é sua profissão, pensa que se ele não fizer esse serviço terão outros que o farão. Como muitos operários, ele tem um sonho. Sonha em um dia poder aposentar-se e criar sua própria empresa, uma serralheria, onde certamente poderá trabalhar menos e ficar mais próximo de sua esposa e filhos.
Quando o dia de trabalho termina, Walter tem novamente a maratona de ir para casa. Ponto de ônibus novamente e todo aquele martírio, do qual já está acostumado. Quando chega em casa, seus filhos já estão dormindo. Só tem tempo de tomar banho, jantar e dormir, para poder recuperar suas forças, para no dia seguinte reiniciar sua jornada.




5 comentários:

Adriana Irigaray disse...

Boa noite, Ana Claudia!Esta atividade que desenvolvestes com teus alunos, é muito rica. Mostra com muitos detalhes, o dia-a-dia, presumo eu, da maioria deles.Aproveitando este mesmo texto, poderias dar seqüência, construindo um novo,com questionamentos que os levassem a refletirem sobre seus papéis na sociedade. Será que o cotidiano deste operário poderia ser modificado? De que forma poderíamos modificar este cotidiano? Terás produções maravilhosas!
Bjs...

Maria Inês disse...

Oi Ana?

Parece doidura. Eu aqui nesta noite de feriado,
visitando teu blog. Devemos criar redes...
Sabe Aninha, nossa rede é bem mais quentinha do que muitas. Pelo tempo que nos conhecemos. Pelo saber que temos umas das outras, dos filhos, cachorro, maridos...Por falar neles, esta foto tua com teu lindo está de uma lindeza!!!!!
Volto para o Rooda depois de te mandar este beijo
Maria Inês na noite do feriado.

Cris disse...

Que legal o trabalho que realizou!
Gostei muito dos teus relatos e da forma como tens aproveitado o que aprendemos. Ainda nõ consegui realizar este tipo de trabalho que fizeste, mas depois de ler o teu relato confesso que fiquei empolgadíssima.

Maria Inês disse...

Oi Ana!

Relendo blog vim te dizer que os pés de lata do Joãozinho são mesmo um fio de ligação das infâncias de quem não têm a mesma idade....
O meu filho do meio faz pés de lata com freqüencia, pois são dois e andam tanto que amassam as latinhas de Neston...rsrsss, é muito divertido, muito gostoso ser maior, mesmo que nãopasse de dez centímetros...

Obrigada pela visita

Catia Zílio disse...

Ana Cláudia!

Também gostei muito da tua proposta e como trabalhava na EJA até o primeiro semestre deste ano relacionei com um texto que eu e uma colega trabalhamos com nossas turmas e resolvi deixar a dica: “A aventura de um esposo e de uma esposa” do Ítalo Calvino. Não achei ele na Web, mas vou pegar uma cópia com minha colega e disponibilizar no meu blog. Assim vamos tecendo as redes que abrem caminhos para novas aprendizagens. Não deixe de compartilhar estas tuas experiências.
Abraços, Cátia